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Mulheres que fazem da luta contra a corrupção uma luta por direitos

Confira histórias de ativistas que atuam em defesa da democracia e da transparência no Brasil, em busca de um país mais justo.
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A luta contra a corrupção não acontece sem a presença de mulheres. Sejam ativistas, políticas, denunciantes ou educadoras, elas têm papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa. 

E são elas as que sofrem desproporcionalmente mais com a corrupção, que aprofunda a desigualdade de gênero, impede o empoderamento feminino e viola direitos. Não faltam exemplos de como isso acontece: extorsão sexualataques misóginos contra jornalistas e tentativas de enfraquecer a participação de mulheres na política são apenas alguns.

Do interior do Piauí ao litoral da Bahia, trazemos nesta série as histórias de seis mulheres que representam o que é a luta contra a corrupção: uma luta por direitos. Elas estão na linha de frente dessa batalha, trabalhando todos os dias em defesa da transparência, da integridade e da participação da sociedade nas decisões de interesse público. 

Francesca Amaral

Francesca Amaral é membro do Movimento Popular Anticorrupção Por Amor a Londrina há dez anos, mas desde 2005 é ativista de movimentos populares e atua no controle social. A servidora pública liderou a luta de dezenas de trabalhadores da área da saúde que foram demitidos, em 2009, por denunciarem abusos em contratos no município. Com o desdobramento das denúncias, foram descobertos mais de R$ 300 milhões em desvios.   

Entretanto, essa luta foi apenas o começo para Francesa. A ativista também comemora outras conquistas na sua jornada como combatente na luta anticorrupção. Seu trabalho colaborou para a aprovação de leis municipais que criaram novas formas e espaços cívicos de fiscalização, prevenção e combate à corrupção.

Um dos destaques é a criação do primeiro Conselho de Transparência instituído por lei no Brasil, sendo uma iniciativa altamente recomendada a todos os municípios. “Precisamos fiscalizar e tentar efetivar as muitas leis que já existem. Fazer tudo de forma transparente e com uma linguagem clara para que todos entendam e possam participar”, defende Francesca. 

Hoje, aos 45 anos, apesar das várias conquistas em sua cidade e que são exemplos para todo o país, a ativista sintetiza a sua luta contra a corrupção em uma frase: “zelar pelo dinheiro suado do trabalhador e da comunidade quando paga seus impostos e espera um serviço público de qualidade”.  

Mesmo com os desafios enfrentados pelos denunciantes e pela população todos os dias, Francesca acredita que é sempre importante olhar com esperança para o futuro. “Quando estiver cansada, pensando em desistir, não esqueça que existe o amanhã e podemos continuar fazendo o nosso melhor. Contornando os obstáculos com serenidade, sabedoria e coragem”, conclui.  

Outras histórias da série “Mulheres que fazem da luta contra a corrupção uma luta por direitos”:

Alyne Bautista

Márcia Bresolin

Maria Gorete (conteúdo ainda não postado)

Rebeca Sousa

Socorro Mendonça

Grupo de Trabalho

Mulheres que fazem da luta contra a corrupção uma luta por direitos

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