A Transparência Internacional – Brasil espera que a decisão da 2ª Turma do STF, sobre a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no julgamento do ex-presidente Lula, seja recebida com pleno respeito ao entendimento de sua maioria e ao direito fundamental que busca, legitimamente, restabelecer.
Instamos, uma vez mais, às lideranças políticas e a todos que lutam pela causa anticorrupção que rechacem qualquer ataque às instituições democráticas, discurso de ódio e exacerbação das cisões sociais.
É essencial que todas as correções aos processos da Lava Jato, conduzidas nos marcos do devido processo legal e em nome da garantia de direitos, não comprometam a responsabilização de gravíssimos esquemas de corrupção, que causaram imensos danos às populações de mais de uma dezena de países.
A Transparência Internacional vem denunciando graves retrocessos da luta anticorrupção no Brasil, que implicam em desmanche de marcos legais e institucionais que o país levou décadas para construir e se inserem em contexto, ainda mais preocupante, de avanço do autoritarismo.
Reafirmamos a necessidade de unirmos esforços para atacar as causas da corrupção sistêmica no país, através da melhoria das leis, do aperfeiçoamento de nossas instituições, do fortalecimento da cidadania e a construção de um amplo consenso social sobre o valor da integridade.
Outras notas
- 08/03/2021 – Decisão do ministro Edson Fachin em relação aos processos do ex-presidente Lula
- 10/12/2020 – MPF desmente, mais uma vez, informações falsas de que a TI receberia e administraria recursos do Acordo de Leniência da J&F
- 07/12/2020 – Resposta à matéria “Aras bloqueia repasse de R$ 270 milhões para clone de fundação da ‘lava jato’” do Conjur e à coluna “ONG estrangeira, parça da Lava Jato, leva R$ 270 milhões de grana pública” de Reinaldo Azevedo no Uol.