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Nota de esclarecimento sobre os resultados da JBS no estudo “Transparência em Relatórios Corporativos”

A Transparência Internacional - Brasil preocupa-se com o uso seletivo de dados de suas pesquisas com intuito de recuperação de credibilidade de empresas envolvidas em escândalos de corrupção.
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Em reportagem intitulada “Por Compliance, JBS treina diretores e audita fornecedor”, publicada na edição de 25 de junho de 2018 do jornal Valor Econômico, os resultados do estudo Transparência em Relatórios Corporativos (TRAC), elaborado pela Transparência Internacional – Brasil, foram comunicados de forma imprecisa. Esta nota de esclarecimento visa evidenciar ao leitor a avaliação detalhada feita pelo TRAC das divulgações públicas relevantes no combate à corrupção feitas pela JBS.

O TRAC, divulgado em janeiro de 2018, é uma pesquisa que avalia a publicação de informações relevantes no combate à corrupção das 100 maiores empresas e dos 10 maiores bancos brasileiros. O estudo é dividido em três esferas: (i) avaliação de compromissos anticorrupção assumidos por empresas, (ii) abertura de seus dados societários e, por último, (iii) de seus dados financeiros, segregados por país de operação.

Na reportagem do veículo, há referência à média das notas obtidas pela JBS nas duas primeiras esferas da pesquisa (8,1) e, na sequência, vem a afirmação errada de que esta pontuação coloca a empresa em nono lugar dentre as 110 pesquisadas. Contudo, conforme destacado na página 4 do documento, esta pontuação situa, na verdade, a companhia em vigésimo terceiro lugar no ranking do índice calculado com base nestas duas esferas. Em relação aos resultados da terceira dimensão do estudo, omitidos na reportagem, o desempenho da JBS é medíocre. Numa escala de 0 a 10, obteve a pontuação 0,7.

A Transparência Internacional – Brasil preocupa-se com o uso seletivo de dados de suas pesquisas com intuito de recuperação de credibilidade de empresas envolvidas em escândalos de corrupção. Ao mesmo tempo, preocupação ainda maior se volta para a sociedade. Por cumprir papel fundamental no combate à corrupção, ela precisa estar municiada de informações precisas. Já as empresas, para que se recuperem de fato destes incidentes e convençam a população disso, devem agir com máxima transparência e procurar ir além das exigências básicas quando o assunto é integridade.

Neste sentido, enxergamos com bons olhos a admissão pela JBS, na reportagem, de faltas graves de integridade cometidas no passado, bem como os esforços citados de reavaliação de fornecedores e treinamento de funcionários com vistas à prevenção da corrupção. Todavia, apesar de a matéria citar em aspa a publicação TRAC como um “reconhecimento” dos esforços da JBS, o estudo demonstra na realidade a necessidade de melhoria significativa em práticas fundamentais da corporação.

Para conhecer melhor os resultados do estudo Transparência em Relatórios Corporativos, incluindo os resultados individuais de cada empresa pesquisada, acesse: http://transparenciacorporativa.org.br/trac2018/.

Veja aqui a Errata do Valor Econômico: ERRAMOS | http://www.valor.com.br/opiniao/5623985/correcao

Esta nota foi originalmente publicada em 28 de junho de 2018 pelo Facebook oficial da Transparência Internacional – Brasil e replicada posteriormente neste blog.

Grupo de Trabalho

Nota de esclarecimento sobre os resultados da JBS no estudo “Transparência em Relatórios Corporativos”

A Transparência Internacional – Brasil preocupa-se com o uso seletivo de dados de suas pesquisas com intuito de recuperação de credibilidade de empresas envolvidas em escândalos de corrupção.
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