A publicação “Dados Abertos e Combate a Crimes Ambientais”, resultado de uma análise feita pela Transparência Internacional – Brasil, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Instituto Centro de Vida (ICV) ao longo de 2024, oferece um diagnóstico abrangente sobre a qualidade e a abertura de 41 bases de dados no Brasil, incluindo informações de órgãos federais e órgãos estaduais na Amazônia Legal. A pesquisa avaliou dados relacionados a crimes como desmatamento, exploração florestal e mineração ilegais, tráfico de fauna silvestre, uso ilegal de agrotóxicos e grilagem de terras, utilizando critérios como atualização, completude, formato acessível e licenças livres.
Os resultados destacam que, enquanto bases federais apresentam uma média de abertura de 65%, as estaduais atingem apenas 33%, evidenciando lacunas significativas. As bases relacionadas ao monitoramento do desmatamento obtiveram os melhores índices, enquanto aquelas ligadas à grilagem e à proteção da fauna são as menos acessíveis. O relatório também oferece recomendações práticas para melhorar a transparência e promover o uso eficiente de dados abertos no combate a crimes ambientais.
Este estudo é essencial para gestores públicos, jornalistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil que utilizam dados públicos na busca por soluções inovadoras e de baixo custo para combater crimes ambientais e suas conexões com corrupção e outras atividades ilícitas.
Este trabalho foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, Instituto Centro de Vida e pela Transparência Internacional – Brasil e contou com o apoio da Agence Française de Développement (AFD) e da Waverley Street Foundation.