Sustentada por redes internacionais de lavagem de dinheiro, a corrupção em larga escala fortalece autocratas, enriquece atores privados ilicitamente e debilita a democracia por toda a parte. Nenhum país está imune a ela, e o preço de se ignorar a corrupção é algo que não temos mais como pagar. Cada país tem seu próprio papel nos esforços para erradicá-la.
O IPC classifica 180 países e territórios de acordo com os níveis de corrupção percebidos por especialistas e empresários. Ele se baseia em 13 fontes de dados independentes e usa uma escala que vai de zero a 100, na qual zero significa “altamente corrupto” e 100 significa “muito íntegro”.
O IPC destaca os grandes contrastes entre países que contam com instituições fortes e independentes, bem como com eleições livres e justas, e aqueles que possuem regimes autoritários repressores.
As democracias plenas atingiram uma média de 73 pontos no IPC, enquanto que as democracias deficitárias alcançaram uma média de 47 e os regimes não democráticos obtiveram uma média de apenas 33. Isso demonstra que, embora alguns países não democráticos pareçam estar dando conta de manter certas formas de corrupção sob controle, numa visão mais ampla, fica claro que a democracia e as instituições fortes são cruciais para se combater a corrupção de forma total e efetiva.
Mudanças nas pontuações do IPC
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Pelo sétimo ano consecutivo, a Dinamarca lidera o ranking, com 90 pontos. A Finlândia e Cingapura ocupam o segundo e o terceiro lugar, com 88 e 84 pontos, respectivamente. Com 83 pontos, a Nova Zelândia não se encontra entre os três primeiros colocados pela primeira vez desde 2012, mas ainda está entre os 10 melhores, junto com Luxemburgo (81), Noruega (81), Suíça (81), Suécia (80), Holanda (78), Austrália (77), Islândia (77) e Irlanda (77).
Por outro lado, os países que vêm passando por conflitos ou que possuem instituições democráticas precárias e fortes restrições às liberdades ocupam a parte de baixo do índice. Sudão do Sul (8), Somália (9) e Venezuela (10) ocupam as últimas três posições. Síria (12), Guiné Equatorial (13), Eritreia (13), Líbia (13), Iêmen (13), Nicarágua (14), Sudão (15) e Coreia do Norte (15) completam a lista das piores pontuações.
Países com as maiores mudanças
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